Na última Assembleia de Freguesia de Colares, a Finis Terrae (que tinha vários dos seus associados presentes) interveio para fazer o balanço ambiental do mandato, o qual é bastante negativo: abate ilegal de árvores, apatia das autoridades, utilização intensiva de herbicidas e crescente urbanização da área protegida em termos mais do que duvidosos. Fica essa posição em acta, para ser levada em conta pelo executivo que se segue.
Requeremos ainda que a AF (se assim o deliberasse, após votação) e o Presidente da Junta, mandatado por nós e no exercício das suas funções, interpelassem o ICNF e o Ministério do Ambiente no sentido de se pronunciarem com clareza: existe uma orientação política superior para extinguir o PNSC?
Divulgámos, por e-mail e também em cópias impressas distribuídas aos representantes de todas as forças políticas presentes, um artigo de jornal no qual se descreve os 10 passos a dar para liquidar eficazmente o Parque Natural. E todos esses passos foram já dados. O Parque já não é Parque, falta apenas o reconhecimento político, público e expresso, de uma realidade à vista de todos. Não deixaremos cair este tema. Exigiremos resposta.
Também por e-mail, enviámos aos presentes vistas aéreas (Google Maps) de Fontanelas – evidenciando o muito espaço disponível no casco urbano da localidade e anulando o argumento de que é preciso alargar o perímetro urbano das aldeias por falta de espaço dentro delas – e da zona de Faião/Cabrela, a nascente da estrada Sintra-Ericeira, com terrenos vazios e baratos e onde, surpreendentemente, “os filhos das nossas gentes” e “os jovens agricultores que pretendem fixar-se na terra dos seus pais” não querem ficar. Com isto pretendemos expor a falácia que subjaz a uma argumentação muito utilizada por alguns candidatos autárquicos e alguns partidos políticos, com destaque para a IL, que assim desejam satisfazer quem pretende urbanizar o Parque Natural. Perguntámos: não é estranho que os filhos das nossas gentes e os jovens agricultores se queiram instalar apenas junto ao mar, em área protegida? Do outro lado da estrada não há agricultores ou não há “filhos das nossas gentes”?
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