Sim, há quem o deseje e quem, na sombra (por vezes, não assim tão na sombra), trabalhe para que isso aconteça.
A Natureza foi generosa connosco, e D. Fernando de Saxe-Coburg Gotha melhorou-a da forma espetacular que conhecemos, arborizando a serra com espécies nobres e modificando a paisagem numa escala a que raramente temos oportunidade de assistir.
Quase invisíveis, as residências de veraneio caracterizam-se pelo início do séc. XX.
A partir do lugar que Lord Byron designou por “glorious eden”, toda a geração de viajantes românticos que se lhe seguiu vinha observar a varanda de Seteais, contemplando os mais variados pretextos.
Resistiu assim mais 100 anos, até que algo aconteceu. Sabemos o que foi, mas fingimos não saber porquê. Quem chega de fora pergunta: porque “sujam”, porque o preço da madeira é compensador… e porque impedem a construção.
As árvores perturbam o conceito de “contínuo urbano”. Pois se entre uma casa e outra temos umas árvores… há que removê-las, transformando a paisagem (classificada pela UNESCO) em mais um subúrbio.
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